O que tem pra hoje?
Apenas Solidão!
Ontem resolvi, pela data e tudo mais, encarar uma baladinha. Queria poder esquecer o quanto me sinto só, afinal estaria cercada de amigos, flertes, dança, música, bebida...
Mas há muito tempo não me sentia tão sozinha.
Sabe quando você olha para os lados e sente que não pertence àquele mundo? Quando você olha as pessoas e não entende como elas podem ser tão superficiais?
Aquela gente toda, aquela fumaça insuportável, aquele burburinho de gente bêbada gritando, falando alto. Era tanta gente que pra passar para o outro lado do bar, tinha que me esfregar em corpos que nunca vi na vida e que nunca mais verei, corpos dos quais eu nunca quis ter, nem pertencer, e que me dava uma agonia de sentir tão próximo do meu.
Um cara já alterado me puxa pelo braço, e com um bafo que misturava cerveja e cigarro, me pergunta se quero companhia...Ah, se ele soubesse que era isso que eu mais queria. Mas não a dele, não do jeito que ele queria me acompanhar. Eu realmente queria um companheiro pra todas as horas, mas o bebum não queria companhia, ele queria só um corpo pra amassar, uma boca para beijar, e quem sabe ganhar mais pontos que os amigos no final da noite.
Pensei em dizer tudo isso pra ele, mas ele mal conseguia parar em pé, então só disse um breve, simples e gritado:
- NÃO, VALEU! TÔ DE BOA!
E saí andando. Não, saí me esfregando. (que jeito?)
De repente a banda começa a tocar uma música. Ah, não, essa música não! Não agora, por favor!
Mas a banda também não podia me ouvir. E junto da música, ouvia meu coração bater descompassado, minha respiração parecia falhar, e... precisava fugir dali.
Senti meus olhos arderem, senti meu rosto molhado.
Chorar agora, não! Não, por favor. Você vai ficar borrada, feia, ridícula, e nem o bêbado com bafo de cerveja e cigarro vai querer mais te olhar. Mas já era tarde demais, afinal não era só a banda que não me ouvia, eu também já não me ouvia mais.
No meu desespero quase derrubo a bandeja de um garçom distraído, mas finalmente consigo chegar ao lado de fora....
Respiro fundo, e quando olho para os lados, percebo que todos me olham.
Ah, foda-se, penso eu. Ninguém tá aqui dentro pra saber o que se passa comigo, e nenhum de vocês, aposto, sente essa solidão dentro de vocês como eu sinto.
Vou para o bar. Limpo meu olhos com um guardanapo, me olho no espelho. OK, não foi um choro tão absurdo assim. Pra me fazer companhia chamo meu bom e velho amante, José Cuervo.
Num ritual solitário, apenas com a companhia do sal e limão, viro a pequena dose goela abaixo. Ela desce quente e certeira como sempre.
Respiro, fecho os olhos por alguns segundos e volto a abrir.
Dessa vez ainda não deu, o mundo ainda parece frívolo demais.
Mas resolvo parar por ali, afinal aquele local já tinha sua cota de bêbados extrapolada, e eu sabia que nem uma garrafa inteira seria suficiente pra acalmar minha solidão.
Naquele exato momento lembro do corpo que me deu prazer, carinho, um peito macio pra deitar, e afagos nos cabelos, dias atrás. Sorrio internamente. Sim, eu tenho alguém que espera pra me ver, que pensa em mim, que me quer, me deseja...mesmo que seja uma vez a cada mês.
Uma vez por mês? E hoje? E agora? Cadê ele?
Meu sorriso é bruscamente interrompido por mim mesma, porque naquele momento eu entendo que agora, mais do que nunca, eu realmente estou só.
Para ouvir:
Desilusão, desilusão,
Danço eu, dança você,
Na dança da solidão!
(Na voz de Marisa Monte, pra doer bastante! rs)
Apenas Solidão!
Ontem resolvi, pela data e tudo mais, encarar uma baladinha. Queria poder esquecer o quanto me sinto só, afinal estaria cercada de amigos, flertes, dança, música, bebida...
Mas há muito tempo não me sentia tão sozinha.
Sabe quando você olha para os lados e sente que não pertence àquele mundo? Quando você olha as pessoas e não entende como elas podem ser tão superficiais?
Aquela gente toda, aquela fumaça insuportável, aquele burburinho de gente bêbada gritando, falando alto. Era tanta gente que pra passar para o outro lado do bar, tinha que me esfregar em corpos que nunca vi na vida e que nunca mais verei, corpos dos quais eu nunca quis ter, nem pertencer, e que me dava uma agonia de sentir tão próximo do meu.
Um cara já alterado me puxa pelo braço, e com um bafo que misturava cerveja e cigarro, me pergunta se quero companhia...Ah, se ele soubesse que era isso que eu mais queria. Mas não a dele, não do jeito que ele queria me acompanhar. Eu realmente queria um companheiro pra todas as horas, mas o bebum não queria companhia, ele queria só um corpo pra amassar, uma boca para beijar, e quem sabe ganhar mais pontos que os amigos no final da noite.
Pensei em dizer tudo isso pra ele, mas ele mal conseguia parar em pé, então só disse um breve, simples e gritado:
- NÃO, VALEU! TÔ DE BOA!
E saí andando. Não, saí me esfregando. (que jeito?)
De repente a banda começa a tocar uma música. Ah, não, essa música não! Não agora, por favor!
Mas a banda também não podia me ouvir. E junto da música, ouvia meu coração bater descompassado, minha respiração parecia falhar, e... precisava fugir dali.
Senti meus olhos arderem, senti meu rosto molhado.
Chorar agora, não! Não, por favor. Você vai ficar borrada, feia, ridícula, e nem o bêbado com bafo de cerveja e cigarro vai querer mais te olhar. Mas já era tarde demais, afinal não era só a banda que não me ouvia, eu também já não me ouvia mais.
No meu desespero quase derrubo a bandeja de um garçom distraído, mas finalmente consigo chegar ao lado de fora....
Respiro fundo, e quando olho para os lados, percebo que todos me olham.
Ah, foda-se, penso eu. Ninguém tá aqui dentro pra saber o que se passa comigo, e nenhum de vocês, aposto, sente essa solidão dentro de vocês como eu sinto.
Vou para o bar. Limpo meu olhos com um guardanapo, me olho no espelho. OK, não foi um choro tão absurdo assim. Pra me fazer companhia chamo meu bom e velho amante, José Cuervo.
Num ritual solitário, apenas com a companhia do sal e limão, viro a pequena dose goela abaixo. Ela desce quente e certeira como sempre.
Respiro, fecho os olhos por alguns segundos e volto a abrir.
Dessa vez ainda não deu, o mundo ainda parece frívolo demais.
Mas resolvo parar por ali, afinal aquele local já tinha sua cota de bêbados extrapolada, e eu sabia que nem uma garrafa inteira seria suficiente pra acalmar minha solidão.
Naquele exato momento lembro do corpo que me deu prazer, carinho, um peito macio pra deitar, e afagos nos cabelos, dias atrás. Sorrio internamente. Sim, eu tenho alguém que espera pra me ver, que pensa em mim, que me quer, me deseja...mesmo que seja uma vez a cada mês.
Uma vez por mês? E hoje? E agora? Cadê ele?
Meu sorriso é bruscamente interrompido por mim mesma, porque naquele momento eu entendo que agora, mais do que nunca, eu realmente estou só.
Para ouvir:
Desilusão, desilusão,
Danço eu, dança você,
Na dança da solidão!
(Na voz de Marisa Monte, pra doer bastante! rs)
4 comentários:
A noite de sábado não foi boa p/ nós...tenho que te contar minha saga...a pior solidão é essa, de se sentir sozinha em meio a uma multidão. Mas acredito que só o fato de estarmos tentando contará pontos a nosso favor no final dessa gincana.
Ahhh, vejo que conseguiu colocar a foto. Ficou linda!!!
Beijos, amiga!!
linda música...
mudando de assunto, mas ainda marisando pra mim o ápice da marisa foi esse último cd duplo, fui a esse show, uma pena que estava muito lotado, mas valeu!!!
"E um longo caminho ainda nos espera!"
=)
bj.
ps: também adorei a foto!
=)
"... durmo sereno e acordo com o canto dos passarinhos..."
as vezes é mais fácil cantar do que realmente sentir não é, moça?
tenho certeza que tudo vai se resolver.
sorriso!!!
=)
bjos.
se ficar triste que seja por um dia e não o nao inteiro...
como disse victor hugo.
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