Qual o limite do erótico e do pornográfico?
De se entregar aos seus desejos, sem virar promiscuidade?
Nessa última semana tenho pensado muito sobre esses assuntos, por motivos particulares, e profissionais.
Entrei em um novo projeto teatral, chamado "Sexo Verbal", onde vamos fazer adaptações de contos eróticos da literatura brasileira, afinal em pleno Século XXI, sexo ainda é um tabu sim, e é encarado com muito preconceito, encanação e pudor.
Não me considero pudica no assunto, mas tô longe de ser suuuper descolada.
Por isso será um grande desafio para mim, falar sobre isso de forma sensual, aberta, livre...Quebrarei meus limites como atriz, encararei de frente tabus, e pré-conceitos por mim formados, afinal uma coisa é fazer isso em quatro paredes, conversar sobre sexo entre amigos, e outra é fazer isso (não fazer sexo, por favor!rs) em público, de uma forma tão viceral e próxima (porque as cenas serão de no máximo duas pessoas, e será apresentado numa casa, onde o público ficará muito perto dos atores).
Muitos autores foram explorados por mim, começando por Hilda Hilst, passando por Cassandra Rios, Adelaide Carrara, e pelo emocional Caio Fernando Abreu! Acabei caindo em músicas incrivelmente sensuais, de Chico Buarque, Ana Carolina e pasmem, Leoni! E até na minha contemporânea, e leitura obrigatória, Tati Bernardi.
Quanta coisa tem a ser explorada, vivida, experimentada...
Tô apaixonada pelo projeto! Sinto nervoso, mãos geladas, excitação, insônia, dor na barriga quando penso nele, tesão, e todos os sintomas tão conhecidos por todos nós.
PAIXÃO!
E isso me libera endorfina, me deixa feliz, entusiamada...e cheia de vontades! ;)
"Eu te pareço louca? Eu te pareço pura? Eu te pareço moça? Ou é mesmo verdade que nunca me soubeste?" (Hilda Hilst)
Para ouvir:
"Abro com as mãos, te deixo olhar
Te levo pra dentro devagar
Sempre venho aqui nesse lugar
Tomar xerez da tua boca
Provar o sal do mar, mostrar um verso
Provar um amor eterno
Onde a sua mão está agora?
A minha você sabe bem
Quanto mais tempo demora
Mais violento vem
Falando absurdos
Virando a noite
Perdendo senso
Derretendo satélites
Falando tudo
Voando a noite
Ouvindo estrelas
Derretendo satélites"
Derretendo Satélites (Herbert Vianna e Paula Toller)
4 comentários:
esta letra é de quando a toler tinha um affair com o viana?
heheheh.
obrigado novamente pela visita...
prefiro os sonhos dormindo, esses ás vezes são bons...
os sonhos acordados...
podem machucar.
é meu sim o escrito e além de ser crítico demais tenho esse outro defeito, ser intenso.
bj.
cuide-se.
errata: toller*
=)
Eu tô louca p/ conferir in loco o resultado dessa mistura. Li aquele texto da Hilda que vc me passou, fiquei impressionada. Uma sutileza fina.
Beijos, amiga!
"saudade - dor que é remédio, remédio que aumenta a dor"
valeu a visita, agradeço as palavras...
saudade...
palavra que só existe no dicionário português...
que maluquice isso.
=)
inté
bj
Postar um comentário